Eu nasci em um dia qualquer, em um hospital qualquer no centro de São Paulo. Abri meus olhos e deixei a enxurrada de luz, cores, cheiros e sons envadir meu corpo e alma. Eu gostaria de me lembrar dessa sensação, de querer engolir o mundo, onde tudo é novidade.
O tempo foi passando e as novidades já não são mais tão novas assim.
Acho que nunca fui uma garota muito normal. Talvez por isso eu tenha acabado me isolando um pouco do mundo. Eu sempre tentava ser igual as outras garotas, porém eu nunca consegui. Na verdade acho que o fato de que eu jogava video game ao invés de brincar de boneca atrapalhava um pouco.
Depois de um tempo você percebe que as diferenças são boas, apesar de muitas vezes as pessoas encararem você como um patinho feio. É uma questão de escolha: ou você é se encara como você mesmo, ou você se encaixa no molde de outras pessoas. Então resolvi me encarar. Aos onze anos eu já amava rock e tinha opiniões sobre diversas coisas, apesar de muitas vezes estarem erradas. Eu criava histórias (muitas vezes toscas) e usava maquiagem. Eu apenas queria ser eu mesma, apesar de ser estranha aos olhos de muita gente. Eu nunca me achei a melhor em nada, as vezes eu deixava de fazer alguma coisa por medo de errar. Sim, até hoje eu tenho essa tendencia, infelizmente.
Eu adoraria dizer: "eu não ligo para o que ninguém pensa de mim", mas infelizmente isso não é possível. Eu me importo sim para o que pensam. Não quero que pensem "olha que menininha bonitinha" (olha que menininha igualzinha a todo mundo, sem nada novo, as mesmas roupas, as mesmas músicas, as mesmas opiniões). Para mim vale mais pensarem "o que é isso?"(de duas uma: "nossa que coisa anormal!" ou "nossa que... foda!")
Enfim, posso dizer que eu até gosto de ser vista como estranha.
Eu até gosto de ser vista como anormal.
Mas talvez eu seja normal demais para isso.
Raba *-*
ResponderExcluirAmei seu texto.
Também queria me impressionar com o mundo como uma criança, mas as vezes, quando só vemos maldade por todos os lados, parece que o mundo quem vai nos engolir.
E no fundo, acho que todos se preocupam com o que os outros pensam, o que muda é a intensidade e como isso afeta a via de uma pessoa. Mas sabe, para mim não há essa de normal ou anormal, só pessoas que buscam uma maneira, um padrão de vida com o qual melhor se encaixam.
Beijos rabanete ;D
Limão :)
Como te disse, pesadaralhasso =x
ResponderExcluirMas ficou muito foda o texto, você escreve MUUUUITO XD
Vejo nesse texto muito de mim, mas eu tive menos coragem de assumir quem eu era de verdade, fosse por timidez ou por medo... Mas como já te disse, não existe timidez, ela nada mais é do que um jeito brando de se dizer que está com medo de que firam o seu orgulho.
Mas enfim, você é foda Cathy, seja por ser quem você é, seja por fazer eu perceber quem eu também sou, cada vez mais, a cada dia que passa.