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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Procurando um único sentido, uma única razão um único motivo
E eu continuo tentando entender essa coisa assustadora e fascinante que as pessoas chamam de vida
Continuo tentando entender as pessoas 
Continuo tentando descobrir quem ou o que sou eu
Tentando descobrir o significado das palavras
Tentando entender um mundo onde cada segundo nunca é igual ao segundo anterior.
E eu percebo que quanto mais tento entender, menos entendo.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Carta de um adolescente qualquer

Não sei, Não sei porque...
Estou preso em um mundo
Onde tudo é  surreal
Tudo é diferente
Tudo é colorido
Tudo é divertido
Mas...
Por que não consigo pensar?

É tudo tão atraente
Tão fácil
Não é preciso saber muito
Basta apenas se encaixar em certos padrões
Eu não preciso nem ser eu mesmo
Para ser seguido por milhares de pessoas

Aquela tela brilhante...
Foi tão acolhedora comigo
Tão protetora...
Mas ela me prende
Não sei como escapar

Aquele passarinho azul agora possui minha alma
Junto com aquele simbolo circular roxo e branco
Quanto mais cores tenho
Mais minha vida fica com a mesmice do preto e branco
Até quando?

Não sei explicar, mas minha vida não é mais minha
Milhões de pessoas a conhecem e a moldam como querem
Mesmo eu tendo este corpo, acho que ja estou morto
Ou estou preso em um labirinto sem saída

Eles me dizem coisas que quero ouvir
E todas aquelas letras e simbolos me confortam
Mas lá no fundo eu sei
Que todos esses robôs que me seguem
Jamais me admirariam pelo que eu sou
Apenas pelo que finjo ser
Sou como um pássarinho colorido preso numa gaiola invisível
Esperando que todos olhem para ele

Apatia

Nenhuma lágrima para chorar
Nenhum motivo para sorrir
Nenhum lugar para olhar
Nenhum caminho para seguir

Nada pelo que viver
Nada pelo que lutar
Nada pelo que morrer
Nada para se amar
Apatia

Nem bom, nem ruim
Nem verdadeiro, nem falso
Nem amor, nem ódio
Nada
Só apatia.

Qualquer dia desses...

"Qualquer dia desses"
Era o que eles diziam
Quantas promessas, quantos sonhos
Quantos planos feitos
Para depois apenas serem desfeitos
Sorrisos esperançosos, lágrimas de decepção
Nós éramos incríveis juntos, nada poderia nos derrubar
Mas o tempo passa, a vida muda
Enterra sonhos e deixa apenas lembranças
"Qualquer dia desses"
É tudo que eu me lembro.

Dedicado àqueles que provavelmente nunca lerão isto. Vocês não sabem o quanto vocês fazem falta.

sábado, 4 de setembro de 2010

Monotonia


Meia noite, as luzes estão acesas.
As chamas do passado correm livremente pela cabeça dela, sem controle
Ela tenta se levantar, ela cai
Ela tenta dormir, ela apenas acorda
Ela tenta esquecer, ela apenas lembra.
Ela olha pela janela, vê as mesmas luzes já conhecidas de carros desconhecidos.
Ela pensa em tudo, sem saber em que pensar
As mesmas sensações, as mesmas vozes, os mesmos sorrisos, as mesmas dores
Os mesmos dias as mesmas noites
Sempre a mesma coisa
Sensação de deslocamento.
Ela apenas fecha os olhos.
Meia noite e um minuto, as luzes estão apagadas.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Minhas peças

Eu nasci em um dia qualquer, em um hospital qualquer no centro de São Paulo. Abri meus olhos e deixei a enxurrada de luz, cores, cheiros e sons envadir meu corpo e alma. Eu gostaria de me lembrar dessa sensação, de querer engolir o mundo, onde tudo é novidade.
O tempo foi passando e as novidades já não são mais tão novas assim.
Acho que nunca fui uma garota muito normal. Talvez por isso eu tenha acabado me isolando um pouco do mundo. Eu sempre tentava ser igual as outras garotas, porém eu nunca consegui. Na verdade acho que o fato de que eu jogava video game ao invés de brincar de boneca atrapalhava um pouco.
Depois de um tempo você percebe que as diferenças são boas, apesar de muitas vezes as pessoas encararem você como um patinho feio. É uma questão de escolha: ou você é se encara como você mesmo, ou você se encaixa no molde de outras pessoas. Então resolvi me encarar. Aos onze anos eu já amava rock e tinha opiniões sobre diversas coisas, apesar de muitas vezes estarem erradas. Eu criava histórias (muitas vezes toscas) e usava maquiagem. Eu apenas queria ser eu mesma, apesar de ser estranha aos olhos de muita gente. Eu nunca me achei a melhor em nada, as vezes eu deixava de fazer alguma coisa por medo de errar. Sim, até hoje eu tenho essa tendencia, infelizmente.
Eu adoraria dizer: "eu não ligo para o que ninguém pensa de mim", mas infelizmente isso não é possível. Eu me importo sim para o que pensam. Não quero que pensem "olha que menininha bonitinha" (olha que menininha igualzinha a todo mundo, sem nada novo, as mesmas roupas, as mesmas músicas, as mesmas opiniões). Para mim vale mais pensarem "o que é isso?"(de duas uma: "nossa que coisa anormal!" ou "nossa que... foda!")
Enfim, posso dizer que eu até gosto de ser vista como estranha.
Eu até gosto de ser vista como anormal.
Mas talvez eu seja normal demais para isso.

Montando o quebra cabeça.

First post, yeaah \o

Não sei exatamente o que dizer aqui.
Não sei exatamente o que eu estou fazendo aqui.
Não sei exatamente o por quê disso tudo.
Não sei exatamente o siginificado das palavras.
Não sei exatamente a diferença entre realidade e sonho.
Não sei exatamente o que é realidade.
Não sei exatamente quem sou eu.
Apenas espero um dia descobrir.
Apenas espero um dia conseguir montar o quebra cabeça.